A cada 15,3 segundos, um consumidor brasileiro foi vítima da tentativa de fraude conhecida como roubo de identidade no 1º trimestre, em que dados pessoais são usados por criminosos paraobter crédito com a intenção de não honrar os pagamentos ou fazer um negócio sob falsidade ideológica.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (6) pela Serasa Experian.
No total, houve um crescimento de 5,14% em relação ao primeiro trimestre de 2012, em que foram registradas 482.756 tentativas de fraude. O setor de telefonia assumiu a liderança no primeiro trimestre de 2013, com 195.894 casos de tentativas de fraude. Em segundo lugar, aparece o setor de serviços, que inclui seguradoras, construtoras, imobiliárias e serviços em geral – pacotes turísticos, salões de beleza etc. – com 154.005 casos, 30% do total. Em terceiro lugar, está o setor de bancos e financeiras, com 106.514 casos, 21% do total, e varejo, com 42.593 casos, 8% do total.
Os demais setores representam 8.540 tentativas, 2% do total no período. Em igual período de 2012, o setor de serviços liderava o ranking com 34% do total de tentativas de fraude, seguido de telefonia (30%), bancos e financeiras (20%), varejo (13%) e demais setores (2%).
De acordo com a Serasa, é comum as pessoas fornecerem seus dados pessoais em cadastros na internet sem verificar a idoneidade e a segurança dos sites.
“Os golpistas costumam comprar telefone para ter um endereço e comprovar residência, por meio de correspondência, e, assim, abrir contas em bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer empréstimos bancários em nome de outras pessoas. Normalmente eles usam os cartões e cheques para dar golpes”, disse em nota.
Pesquisas da Serasa Experian apontam que estão mais suscetíveis às fraudes os consumidores que tiveram seus documentos roubados. Com apenas uma carteira de identidade ou um CPF nas mãos de golpistas, dobra a probabilidade de ser vítima de uma fraude.
Veja as principais tentativas de golpe apontadas pela empresa:
- Emissão de cartões de crédito: o golpista solicita um cartão de crédito usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta ” para a vítima e o prejuízo para o emissor do cartão.
- Financiamento de eletrônicos (Varejo) – o golpista compra um bem eletrônico (TV, aparelho de som, celular etc.) usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a conta para a vítima.
- Golpe: compra de celulares com documentos falsos ou roubados.
- Abertura de conta: golpista abre conta em um banco usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima, neste caso toda a “cadeia” de produtos oferecidos (cartões, cheques) potencializam possível prejuízo às vítimas aos bancos e ao comércio.
- Compra de automóveis: golpista compra o automóvel usando uma identificação falsa ou roubada, deixando a “conta” para a vítima.
- Abertura de empresas: dados roubados também podem ser usados na abertura de empresas, que serviriam de ‘fachada’ para a aplicação de golpes no mercado.
Fonte: Portal UOL (www.uol.com.br) – 06.05.2013